Que sugere o desespero
Quantas catástrofes
E um povo que refaz seu apelo
Mas no cume desta aflição
Percebe-se o reflexo da problemática
Que a vida que se carrega nas mãos
É confundida com a máscara confusa e complicada
Pois são tantos os dilemas
Desta filosofia traidora e imunda
Que fornece o medo superficial
Escondendo a coletiva praga profunda
E quem tem culpa desta moléstia
É o mesmo que reclama de um soco
Uma pancada sem aviso sem ética
Da paralisada ação dialética de um povo
Pobre povo, saciado por curtas migalhas
E por figurações fictícias e dissimuladas
Onde transmuta a realidade de suas falhas
E ignora a capacidade aprisionada
Somos coadjuvantes desta farsa
Que todos os dias encenam novos capítulos
E os agraciados com a riqueza que perpassa
Congratulam a dinastia de seus títulos
Que atormentam nossa cidadania.
São fragmentos superficiais.
Que vedam a odisséia da mentira.
E a maioria da civilidade humana,
Cega com os acordes do entretenimento
Retrocedem seu ápice evolutivo
Se acomodando no conforto de seu acento
E dentre horas corridas
Onde o tempo é um mero instrumento esquecido
O ser empobrece a sua razão de vida
E destituiu o propósito de seu espírito
Mas que este fato
Que durante séculos foi instituída
Em que o topo da pirâmide ficasse grato
Pela desatenção da maioria distraída
Fazer a diferença
Não é e nunca foi ser diferente
Mas sim caminhar juntos em destreza
E aprender o real realmente.
Marcelo A. Portes
Marcelão descobri hoje que tenho um amigo com um incrível talento da escrita! Acredito que você deve investir mais nessa área. Parabéns pelo blog!
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