sábado, 19 de março de 2011

HABITAT MORTAL

Como posso criar um filho?
Alguem pode me ajudar
Pois o mundo esta em conflito
Quanta respostas irei precisar

Se falam em preparar para a tecnologia
Mas o que se vê são crimes virtuais
Uma abrangência de tortuosas ideologias
Que trafegam na infância de seus iguais

Se prega a interação da criança
No contexto estudantil
No entanto só de teto não há esperança
Da construção juvenil

Os soberbos exclamam em participação
De uma sociedade surrada pelo sofrimento
Sem educação. sem igualdade
Falta cultura, falta movimento

A cultura da civilidade humana
Não esta em festa e a politicagem é ilegal
mas na identidade acadêmica de um povo
Que fortalece é o progresso nacional

Saber se um dia este sonho se realizará
È acreditar nos filhos desta terra
É tirar a venda imposta à maioria
È travar consigo mesmo esta guerra

                                         Marcelo A. Portes

PALAVRAS CONFUSAS MAS CONCLUSAS

Quem pode ter poder vence historicamente
Como se faz o poder sem as falanges da dominação
E o fraco enfraquecido pela hipocresia excluente
Executa as rotinas do comodismo sem reação.

Far-se-á meramente em suspiro de alívio
Ou uma falsa tempestade terminada por um momento
Que inóspito o realismo amputado
Se contenta com migalhas desse acalento

Fragilizar-se de forma absurda
É o que advém como conclusão de seus atos
Mas não se pode ser vítima cega ou surda
Da força imponente que mente seus fatos

Concomitamente o homem retrocede a seu lado animal
Pois há incompatibilidade com seu semelhante
Toma rumo de extinçaõ final
Averbada de presunções aflitas e degradantes

Mas quando este ser olhar para seu interior
E ver o estupefato tributo cognitivo
Superará as expectativas do prazer e da dor
Se apropriando de razões de um ser produtivo.

                                                           Marcelo A. Portes

APRENDER A SER

Saber ser não é ser existencial
Mas ser e saber ser para vida
Como saber se não sei correr atrás
Como viver se não sei responder o que me faz
Pensar que já sou sem sentir a ação
É o mesmo que sentir a vida sem ter pulsação
Sentir a existência é acordar de um sono
È tomar o movimento relativo
È não ser um cão sem dono
È prever o impossivel
Saber viver é ser o devemos ser
Depende da escolha do principio não ou sim
Sempre tem incio
Mas nunca tem um fim...

                                     Marcelo A. Portes

Fé real

Preste atenção em sua capacidade,
Pois muitos duvidam que você a tenha.
Uma criança não nasce com maldade,
É o aprendizado de um mundo que a condena.

Um ser em construção manifesta o seu valor,
No contexto de sua suada trajetória.
Os arquipélagos de seu fervor,
Que o intitula maestro de sua história.

A constante busca pela superação,
É forjada em seus pilares morais.
Que tais decisões de sua ação,
Encadeiam sim ou não artifícios fatais.

Quando um ser nasce,
Cheio de dinamismo e acrescido de progredir,
Justifica a sua racionalidade,
Mas que o prejudica ao transgredir.

O simples pensamento do ser,
Configura sua vasta diferença do animal.
Projetando sua vitrine da existência,
Se sobrepondo ao seu lado transcendental.

O ser racional,
Pode estar extinto em sua totalidade.
Mas como hoje somos muitos,
Só alguns grãos de moralidade.

                                                   Marcelo A. Portes

O ser político

É aquele que executa, fornece e auxilia,
Que divide, lidera e se agencia.
Ele planeja constrói e refaz,
Também ouve dedica-se e é capaz.
Pensa em outros e faz pelos mesmos,
Que sacrifica a sua prosperidade,
E acredita em seus conselhos.
Que conforta um amigo na hora triste,
Que aplaude o mesmo porque persiste.
Faz de tudo e mais um pouco,
Não reclama perante aos desconfortos,
Lidera com competência e igualdade,
Exalta a paz e a humanidade.
E mesmos aqueles que naufragam no pessimismo,
São acalentados pelo diálogo de seu otimismo...

                                             Marcelo A. Portes

sexta-feira, 18 de março de 2011

O poder do iludismo

Quantas imagens fortes
Que sugere o desespero
Quantas catástrofes
E um povo que refaz seu apelo

Mas no cume desta aflição
Percebe-se o reflexo da problemática
Que a vida que se carrega nas mãos
É confundida com a máscara confusa e complicada

Pois são tantos os dilemas
Desta filosofia traidora e imunda
Que fornece o medo superficial
Escondendo a coletiva praga profunda

E quem tem culpa desta moléstia
É o mesmo que reclama de um soco
Uma pancada sem aviso sem ética
Da paralisada ação dialética de um povo

Pobre povo, saciado por curtas migalhas
E por figurações fictícias e dissimuladas
Onde transmuta a realidade de suas falhas
E ignora a capacidade aprisionada

Somos coadjuvantes desta farsa
Que todos os dias encenam novos capítulos
E os agraciados com a riqueza que perpassa
Congratulam a dinastia de seus títulos

Os problemas dos dias atuais.
Que atormentam nossa cidadania.
São fragmentos superficiais.
Que vedam a odisséia da mentira.

E a maioria da civilidade humana,
Cega com os acordes do entretenimento
Retrocedem seu ápice evolutivo
Se acomodando no conforto de seu acento

E dentre horas corridas
Onde o tempo é um mero instrumento esquecido
O ser empobrece a sua razão de vida
E destituiu o propósito de seu espírito

Mas que este fato
Que durante séculos foi instituída
Em que o topo da pirâmide ficasse grato
Pela desatenção da maioria distraída

Fazer a diferença
Não é e nunca foi ser diferente
Mas sim caminhar juntos em destreza
E aprender o real realmente.



                                                                       Marcelo A. Portes