quarta-feira, 17 de agosto de 2011

RELATÓRIO AVALIATIVO DIÁRIO FERRAMENTA OBJETIVA NA CONSTRUÇÃO DA GESTÃO PARTICIPATIVA EDUCACIONAL


Marcelo Afonso Portes ¹
Claudio Klein ²

RESUMO
O referido artigo tem como objetivo analizar a participação do educando na responsabilidade de avaliar, sugerir e optar sobre a qualificação de sua aula , para a melhoria da proposta curricular nos espaços educativos: o conteúdo, a metodologia, assim dentro desta indagativa a prática a ser mencionada é o trabalho de relatar o seu cotidiano escolar. O presente trabalho é de cunho no estudo de caso por caracterizar-se com a coleta de dados e sistematização dos mesmos. Apresenta como objetivo geral o evidenciar que a prática do relatório avaliativo possa contribuir para o desenvolvimento da criticidade, estimulo à participação da auto-avaliação, avaliação institucional, do aproveitamento curricular e principalmente a organização da tríplice educativa (pais,educandos e escola). Nesta perspectiva o relatório avaliativo diário assim denominado seria constituído por fases em seu desenvolvimento, designando aos pais e alunos a cooperação nas decisões da gestão escolar intencificando o mecanismo da avaliação formativa como objetivo de auxiliar a socialização das idéias, o pensamento critico é principalmente o que é avaliação institucional.

Palavras-chave: Avaliação. Educacional. Relatório.






1     INTRODUÇÃO


Esta proposta de trabalho aprofundou-se em verificar uma forma de construir uma gestão participativa, onde pais, educandos e escola possam maximizar suas interações, diálogos, sujestões estabelecendo uma ligação entre saberes práticos e saberes teoricos.Pois sabe-se que a socialização das legislações da instituição de ensino são insuficientemente compreendidos e  tambem apresentadas ao publico alvo, consequentemente  a distanciamento das inerações socio-educaionais determinam o fracasso da educação.
Com isso estabeleceu-se o trabalho com o RAD – Relatório Avaliativo Diário, que visa o ato de avaliar o dia de aula pelo educando e este magestoso procedimento alcançaria as interações familiares, desta forma os responsáveis  estariam presentes nas aulas indiretamente, mas com a possibilidades da intervenção e contribuição no processo diário de aula, assim estabelecendo uma aproximação da triplice pedagógica ( pais, educandos e escola).
O objetivo deste estudo é possibilitar uma análise sobre a real participação da familia nas questões educacionais no desenvolvimento das aprendizagens de seu filho e tambem nas abordagens  legais de como funciona e se mantem o universo das politicas educacionais.
O real problema das escassez  na participação dos pais nos meios educativos é um desafio advindo de muito tempo atrás, a desobrigação ou melhor a confiança de acreditarem que somente a escola pode educar seus flihos faz do aprendizado uma sequência compartimentada e as parcerias se limitam em esporádicas visitas bimetsrais.
O RAD fortalecerá este elo, pois o relato do educando será supervisionado pelos responsáveis na familia e na escola, aumentando a interção das partes e as possiveis mudnaças ocorrerão para crescimento do sucesso escolar.
A prática mensionada foi e esta sendo trabalhada com alunos de 3º ano de uma escola municipal onde a mesma esta colhendo frutos plausíveis, o importante agora é instrumentar teoricamente este método pesquisando sempre bases bibliográficas para fundamentar o referido trabalho.
No desenvolver deste estudo apresentamos inicialmente uma fundamentação teórica com alguns autores sobre avaliação, método da pesquisa no qual se caracteriza em dois pontos no âmbito qualitativo e quantitativo, em meio ao trabalho temos a apresentação do objeto principal deste artigo o Relatório Avaliativo Diário – RAD, o ponto de vista sobre o RAD na perspectiva avaliação institucional e finalizando com os apontamentos finais.



2 PERSPECTIVAS DA AVALIAÇÃO EDUCACIONAL


O referido estudo obteve  como  base o segmento de avaliação educacional dentre todos os outros elementos formadores       do contexto educação. Ao adotar o hábito de propor aos alunos o relatar do cotidiano de sala de aula, pode-se observar uma excelente forma de trabalho, o senso de participação do aluno, criticidade, linguística, escrita, integração da família no contexto, observação mais especifica da aula e também é claro a auto avaliação, que o professor utiliza-se de um eficaz conteúdo para avaliar o aluno.
Diante deste contexto notamos que a pesquisa realizada caracteriza-se no âmbito quantitativo e qualitativo, pois encontramos abordagens que qualifica ambas as atuações.
Creswell, (1994 apud Ruiz, 2004) explica que:

O método quantitativo tem o objetivo de comprová-lo ou testá-lo e, portanto,  coloca-se desde o inicio do estudo. No método qualitativo, diferentemente, a teoria é desenvolvida ao longo do estudo e deve ser o resultado deste, característica que faz com que o pesquisador tenha maiores chances de realizar a descoberta.

Wildemuth, (1993 p.45 apud Neves, 1996), complementa a caracterização adotada neste estudo, quando diz que:

Uma pesquisa pode revelar a preocupação em diagnosticar um fenômeno (descrevê-lo e interpretá-lo); o autor poderia também estar preocupado com explicar esse fenômeno, a partir de seus determinantes, isto é, as relações de nexo casual. Tais pontos de vista não se contrapõem; na verdade, complementam-se e podem contribuir, em um mesmo estudo, para um melhor entendimento do fenômeno estudado.

O termo avaliação em seu pré entendimento imaturo transmite a conquista de um referencial teórico, abusivo e superficial que conceitua o nível de aprendizagem de um individuo apropriando ao mesmo a termologia de “nota”. Assim é questionado em sentido de valor o porquê da nota e não como este ser em constante construção chegou até a nota. Esta dicotomia que já ultrapassa séculos e que ainda é confundida a sua prática atual como fundamento básico de se concretizar a aprendizagem, é vista e dialogada por diversos autores, como uma barreira posta a dificultar o trajeto aplicativo de  sensibilizar o educativo, pondo assim a educação atual como despreparada e despreocupada.
A própria visão internacional do preceito avaliar já manifesta certo centrismo formativo, onde o processo avaliativo alia-se à organização do ensino, à estrutura, ao regimento escolar, ao fluxo discente, ao calendário, ou seja, à engrenagem executiva, deixando a mediação dos processos e seus condutores. Essa relação massiva conclui o estado de ser de cada educando e institui a diferenciação de partes importantes do criar humano.

[...] como a escola e o colégio que, na Idade Média, eram reservados a um pequeno número de clérigos e misturavam as diferentes idades dentro de um espírito de liberdade de costumes, se tornou no início dos tempos modernos um meio de isolar cada vez mais as crianças durante um período de formação tanto moral como intelectual, de adestrá-las, graças a uma disciplina mais autoritária, e, desse modo, separá-las da sociedade dos adultos (ARIÈS, 1981, p. 165).

A avaliação deve ser prioridade educativa e não prioridade da educação, quando retratamos sobre estas questões em muitos casos o professor já acomodado com o sistema avaliativo que até em seu período de educando freqüentou, acha conveniente continuar esta dicotomia pedagógica podando a criatividade, produtividade e a participação do individuo pensante na construção de um processo avaliativo diagnóstico, presencial e participativo.
Temos vários autores que defende esta ausência de mudanças, uma delas é Jussara Hoffmann (2005) que coloca que “os sistemas de avaliação acompanharam a evolução da educação nos últimos anos?”. A autora afirma esta fala porque argumenta que ainda existe postura classificatória e excludente.
Diante disso temos Hargreaves (2002, p. 59) que apresenta uma nova ótica para tais métodos avaliativos, que consiste na construção de um processo investigativo e emancipatório da avaliação. ”Essa abordagem envolve o dialogo com e entre os estudantes, incluindo uma reavaliação constante, uma auto-avaliação mútua entre os colegas. Os estudantes contribuem de maneira ativa, engajada e desafiadora para o seu próprio aprendizado”.
Em muitas escolas as abordagens pedagógicas avaliativas priorizam apenas o ápice decisório ao indumentário processo de dar valor, representa o aprendizado, a conquista em uma nota e aprovar ou não se acaso a meta numérica for conquistada. Isto sem levar em conta as possibilidades imprevistas, que em muitos casos condena um ser em desenvolvimento, por retratar valor intrapessoal com valor conceitual.
Segundo Hoffmann (2001), avaliar nesse novo paradigma é dinamizar oportunidades de ação - reflexão, num acompanhamento permanente do professor e este deve propiciar ao aluno em seu processo de aprendizagem reflexões acerca do mundo, formando seres críticos libertários e participativos na construção de verdades formuladas e reformuladas.
A contribuição dos autores acima citados vem de encontro com a abordagem teórica sobre o quesito avaliação educacional, pois a cada dia surge a necessidade de avaliar o aluno em um todo sem fragmentações e ou somente em um resumo final de dias de aula em uma prova teórica, porque quando pensamos no ato de avaliar presenciamos um repertório avaliativo que demonstra a simplicidade da prática assim exercida. Este conceito de razão crítica e de diferente posicionamento recria todos os dias inseguranças, questionamentos vitimados o saber construir de nossos educandos.
Quando pensamos no ato de avaliar presenciamos um repertório avaliativo que demonstra a simplicidade da pratica assim exercida. Este conceito da razão crítica e de diferentes posicionamentos recria todos os dias inseguranças, questionamentos vitimando o saber construir de nossos educandos.
O termo avaliação em seu pré-entendimento imaturo transmite a conquista de um referencial teórico, abusivo e superficial que conceitua o nível de aprendizagem de um individuo apropriando ao mesmo à termologia “nota”. Assim é questionado em sentido de valor o porquê da nota e não como este ser em constante construção chegou até a mesma. Esta dicotomia que já ultrapassa séculos e que ainda é confundida a sua prática atual é vista e dialogada por diversos autores, como uma barreira posta á dificultar o trajeto aplicativo do sensibilizar educativo, pondo assim a educação nacional como despreparada e desocupada.
A própria visão internacional do preceito avaliar já manifesta um certo centrismo formativo, onde o processo avaliativo alia-se á organização do ensino, á estrutura, ao regimento escolar, fluxo discente, ao calendário, ou seja, á engrenagem executiva, deixando a mediação dos processos e seus condutores. Essa relação massiva conclui que a ferramenta avaliação esta presente para julgar o estado de ser de cada educando e instituir a diferenciação de partes importantes do criar humano.
O valor humano perpassa qualquer texto aplicativo, pois uma prova aplicada e não compreendida não demonstra fragilidade epistemológica, o ser em sua razão, deve criar suas idéias e ao longo de sua trajetória acadêmica buscar refinamento teórico e da sua multiplicidade de conhecimento, pois as tentativas são a procura pela redenção.
Ao pensar a profundeza e importância do ato de avaliar e de ser avaliado que pensamos em produzir uma metodologia avaliativa que tivesse em seu eixo a participação do educando inteiramente ligado na proposta de avaliação, deixando a antiga face destorcida de ser apenas objeto avaliado, mas junto decidindo as interfaces deste sistema.
O que foi proposta de inicio foi que os alunos relatassem o decorres das atividades de sala no dia a dia, com o passar das semanas, na objetivação diária dos relatórios percebeu-se o preceito de copistas diários, isto nos preocupou e assim propiciamos um complexo de níveis mensais, onde o aluno fosse guiado pelas próprias produções, ou seja, como um alpinista que ultrapassa limites de grampo em grampo, onde o educando interaja com a sua dificuldade dialogando com o questionamento de cada etapa.
Quando é abordado o principio de relatar, como forma ativa do educando contribuir para o trabalho pedagógico, é propiciado ao mesmo à chance de conhecer seus limites, concomitante à oportunidade de ultrapassá-los.
De acordo com Saviani, (2003. p. 69):

Será métodos que estimularão a atividade e a iniciativa dos alunos sem abrir mão porem, da iniciativa do professor; fornecerão o diálogo dos alunos entre si e com o professor; mas sem deixar de valorizar o dialogo com a cultura acumulativa historicamente; levarão em conta os interesses dos alunos, os ritmos da aprendizagem e do desenvolvimento psicológico, mas sem perder de vista a sistematização lógica dos conhecimentos, sua ordenação e gradação para efeitos do processo de transmissão assimilação dos conteúdos cognitivos.

É nesta perspectiva que o educando constrói através de suas interações com os meios práticos, a sua assimilação direta dos esquemas da aprendizagem. O dialogo que cita o autor, pode também ser compreendido como processo de socialização do objeto cognitivo e a sistematização destes agentes teóricos, podem também ser constatados no percurso do relatório diário. Quando o professor aplica as provas, e depois as utiliza para justificar o bom ou o mau rendimento, esta assim contribuindo para uma avaliação vazia e teórica.
Como diz Sánchez Vázquez (1968, p. 206-207):

 A teoria em si [...] não forma o mundo. Pode contribuir para a sua transformação, mas para isso tem que sair de si mesma, e, em primeiro lugar tem que ser assimilada pelos que vão ocasiona, com seus atos reais, efetivos, tal transformação. Entre a teoria e a atividade pratica e transformadora se insere um trabalho de educação das consciências, de organização dos meios materiais e planos concretos de ação; tudo isso com passagem indispensável para desenvolver ações reais e afetivas. Nesse sentido, uma teoria é pratica na medida em que materializa através de uma série de mediações, o que antes só existia idealmente, como conhecimento da realidade ou antecipação ideal de sua transformação.

A avaliação do processo de ensino e aprendizagem é realizada de forma contínua, cumulativa e sistemática na escola, com o objetivo de diagnosticar a situação de aprendizagem de cada aluno, em relação à programação curricular. A avaliação não deve priorizar apenas o resultado ou o processo, mas deve como prática de investigação, interrogar a relação ensino aprendizagem e buscar identificar os conhecimentos construídos e as dificuldades de uma forma dialógica. O erro passa a ser considerado como pista que indica como o educando está relacionando os conhecimentos que já possui com os novos conhecimentos que vão sendo adquiridos, admitindo uma melhor compreensão dos conhecimentos solidificados, interação necessária em um processo de construção e de reconstrução. O erro, neste caso deixa de representar a ausência de conhecimento adequado. Toda resposta ao processo de aprendizagem, seja certa ou errada, é um ponto de chegada, por mostrar os conhecimentos que já foram construídos e absorvidos, e um novo ponto de partida, para um recomeço possibilitando novas tomadas de decisões
Observamos que as propostas inovadoras dos métodos de avaliar e também a constatação de Hoffmann vão de encontro com o que esta na LDB. Vejamos então o que diz o Art.24, parágrafo V, (item a) p.21(apud Pessoa, 2005):

A verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a)         Avaliação continua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais.

Ou seja, a lei pede uma avaliação continua formativa e de qualidade e não de quantidade focando nas eventuais provas finais, sem contar que a ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) (2005, p. 39), no Cap. IV Art. 53, parágrafo III diz que a “criança e o adolescente têm o direito de contestar os critérios avaliativos”, isto quer dizer que o poder de contestar esta garantida uma vez que os critérios ainda são classificatórios e discriminatórios.
O relatório avaliativo diário que é o objeto deste estudo vai de encontro com o cumprimento da LDB, no que se refere à questão de ser uma avaliação que acontece todos os dias, seguindo uma sistematização pré-estabelecida pelo professor.
Esta perspectiva educacional da avaliação da aprendizagem o educando estabelece um processo de investigação de avaliar e avaliar-se, do comprometimento de ver e rever suas metas e colocações e principalmente de utilizar a autonomia de seus pensamentos.
O relatório avaliativo diário se coloca entre as atividades cotidianas de sala de aula como tarefa para casa, onde o aluno irá relatar toda sua aula. Este relatório esta sustentado em uma sistematização que são as noves fases do relatório, onde o educando ao relatar deve obedecê-las. Estas fases são acumulativas, vão aumentando o grau de complexidade e criticidade no decorrer do ano letivo.
Para explanar melhor sobre este item temos Schimidt, (1973, p. 11-12) que diz:

Com efeito. Cumpre aos pais assegurar a si mesmos e aos filhos desenvolvimento pleno físico, emocional, mental, social e espiritual. Conhecer a interdependência desses vários panos: o estudo, por exemplo, depende muito da afetividade, do estímulo recebido em casa, e não apenas da aptidão para compreender. É preciso também saber levar os filhos a integrar os valores positivos do trabalho, da televisão, das leituras, dos companheiros. Criar ambiente-crescimento no lar, de modo a permitir o desenvolvimento pleno do grupo, e de cada pessoa dentro do grupo, na direção exigida pela destinação eterna e no ritmo exigido pela aceleração da história.

Outro ponto extremamente importante foi à associação dos pais para consolidar da objetividade desta proposta de trabalho, onde os mesmos podiam ter uma visão prévia de como foi o andamento da aula trabalhada, os desafios, as dificuldades, o aprendizado e por fim como os alunos avaliariam seus próprios avanços.
É neste momento rico onde a família consegue trilhar das mesmas informações que podemos exaltar como fusão da tríplice pedagógica, pois os vértices desta interface metodológica aproximam a escola da família e a família de seus filhos.
Quando falamos de aproximação das interações pessoais, devemos diagnosticar como deve estar à associação em nosso âmbito e com isso planejar a proposta conforme a realidade de nossos interlocutores, pois o conhecimento prévio para inicio do sistema avaliativo participativo formaliza as ferramentas e alcança as planejadas metas.
O RAD (Relatório Avaliativo Diário) com o passar de suas fases desperta nos educandos o consenso de repensar o que foi pensado, de redefinir o produto previamente terminado, de sugerir formas apreciáveis de construir a sua obra interagindo com próprio planejamento do discente e este por si também conhecido e apoiado pela família.
O RAD é composto de nove fases, respeitando o processo pedagógico, sempre do mais fácil e simples para o mais complexo e difícil, segue abaixo as fases:
1)    FASE: Fevereiro:  relatar o que fez na aula.
2)    FASE: Março:  relatar o que fez e o que gostou.
3)    FASE: Abril: relatar o que fez, o que gostou e o que não gostou.
4)    FASE: Maio: relatar o que fez, o que gostou, o que não gostou, o que aprendeu.
5)    FASE: Junho: relatar o que fez, o que gostou, o que não gostou, o que aprendeu e a sua dificuldade.
6)    FASE: Agosto: relatar o que fez, o que gostou, o que não gostou, o que aprendeu, sua dificuldade e o que gostaria de aprender.
7)    FASE: Setembro: relatar o que fez, o que gostou, o que não gostou, o que aprendeu, sua dificuldade e o que gostaria de aprender e qual é o seu pensamento critico sobre o conteúdo.
8)    FASE: Outubro: relatar o que fez, o que gostou, o que não gostou, o que aprendeu, sua dificuldade e o que gostaria de aprender e qual é o seu pensamento critico sobre o conteúdo e como é o método do professor trabalhar o conteúdo.
9)    FASE: Novembro: relatar o que fez, o que gostou, o que não gostou, o que aprendeu, sua dificuldade e o que gostaria de aprender e qual é o seu pensamento critico sobre o conteúdo e como é o metodo do professor trabalhar o conteúdo e sugestão para o trabalho para ser mais produtivo.
Ao findar as nove fases do relatório, nas proximidades de Novembro, o aluno produz categoricamente todos os niveis das mensionadas, fases, participam criticamente das discuções manifestadas fases, consegue perceber suas falhasortograficas e concordâncias,domina ações argumentativas e constrói esquemas cognitivos de sua realidades, nesta etapa o aluno formaliza diálogos e trocas de saberes e opinições próprias.
Há vários pontos que o RAD pode aperfeiçoar o cognitivo do educando, observe abaixo o quanto que exemplifica como era e como fica a partir do RAD:


AÇÕES

AVALIAÇÃO POR CONCEITO

RAD


PROVAS
Não é avaliado o aluno é sim o seu desempenho em uma prova;
O aluno mostra durante todo o bimestre, o que aprendeu as dificuldades e as superações;




OS RESPONSÁVEIS
Observa a conduta do filho a cada bimestre e associam sucesso com apenas os resultados das provas;
Acompanham diariamente os avanços e dificuldades dos filhos, presenciam o andamento das aulas e participam indiretamente com o contexto da aula;




ALUNO
Sente pânico nas realizações das provas ou desliga as devidas preocupações, não percebe que é avaliado no dia-a-dia;
Responsabiliza-se pela produção de seus relatórios e interage com o mesmo, no início tem características copista, mas com o passar das fases sua relação intensifica.





PROFESSOR
A visão avaliativa do educando é somente baseada no resultado obtido pela prova, concentrada nos bimestres, resultante da simplificada sistematização do planejamento;
Tem em sua presença um contingente de dados sobre o educando e as apreciáveis atualizações que durante as fases do desenvolvimento cognitivo no RAD é claramente percebida e analisada;





INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Determina sucesso ou fracasso mediante ao rendimento na nota bimestral, detém poucos dados colaborativos sobre o educando e as cobranças se limitam basicamente aos valores não praticados em sala e reclamados pelos docentes.
A proximidade com o rendimento total do aluno faz do RAD uma opção contextualizada e principalmente participativa. É através dele que as anotações descritivas, dissertativas, analíticas e objetivas interagem com a escola e a mesma pode interagir com a comunidade.


Bem claro entender que é importante toda manifestação de regulamentação de conduta, as provas apesar de possibilitarem uma visão unilateral com poucas propriedades ela também é significativa por fazer parte de um sistema avaliativo. Isto quer dizer que, se pode usar o RAD juntamente com as provas, pois após o trabalho com o RAD o produto final estará mais rico e significativo e no decorrer das avaliações a fixação dos conteúdos ficará mais evidente, obtendo um equilíbrio entre teoria e pratica.
Não podemos deixar de argumentar alguns preceitos como, repensar as nossas práticas, cotidianamente, replanejar o planejamento, analisar resultado X metodologia e principalmente a colaboração de informações que permuta entre a tríplice pedagógica (pais, filhos e escola) é dela que se destaca o sucesso de uma entidade educativa, pois em dias atuais este distanciamento prejudica o avanço educacional, os professores criticam que o culpa do insucesso do aluno está na postura educativa que é aplicada pelos pais ou a falta da devida postura e os pais criticam as práticas que a escola oferece, resultando em um impasse de divergências que não definem nada.
Segundo Negrine (1994, p. 28):

O ambiente familiar parece se o primeiro e mais significativo local para a internalização de valores, criação de hábitos e de aprendizagem variadas. Quanto mais estimulador for este ambiente, mais ele influi na transformação dos processos elementares em superiores; em contrapartida, quanto mais conflitivo, mais carente de afetividade, maiores problemas trará a criança em formação. De qualquer forma as influências do ambiente familiar adicional aquelas extraídas do contexto sociocultural, permitem que ela vá construindo todo um saber e se constituem nos alicerces das primeiras aprendizagens.

Nesta questão, as equipes de professores  levam certa vantagem, pois discutem, analisam processos juntamente com outros profissionais, nas reuniões pedagógicas e nesta circunstância é destinado um grau maior de responsabilidade, pois há contextualização, sistematizações do referido problema, assim o objeto em questão devem ser resolvidas, pelo fato de ter sido realizado um momento de analise do problema e possível confecção da solução.
Já em relação aos pais é um pouco diferente, um grande percentual dos responsáveis pelos alunos desconhece a proposta educativa da escola e muitos nem se preocupam com o que é ofertado ao seu filho, por acharem que a escola forma o cidadão do futuro, mas este formar também é de responsabilidade da família, pois há uma divisão de atribuições entre conhecimentos formais dos informais.
É preciso relatar que, no entanto o relatório avaliativo necessita da fundamentação teórica, mas principalmente da diversidade da prática, neste sentido a fusão organizacional destes dois pilares possibilitará a mediação do conhecimento. As bases racionais dessa mediação só terão complexidade simplificada à medida que o docente responsável estiver diretamente ligado ao circulo das produções, o rendimento e a compreensão do aluno será concretizado positivamente, este percurso do trabalho dependerá necessariamente de um fator que persiste ser citado e aclamado em diversas problemáticas nos centros educativos, a participação da família.
É dela que provém grande parte do sucesso ou do fracasso deste aluno, pois se sabe que na escola o trabalho docente é supervisionado, planejado, orientado, analisado avaliado antes da disponibilidade de oferta e mesmo com este cardápio de recomendações são possíveis inevitáveis falhas. Daí é interessante refletir sobre este quesito, pois já nos espaços domiciliares de onde advém a personalidade primária do aluno, necessita compreender a grandiosidade deste apoio, mas o que se vê é a despreocupação dos responsáveis com o processo de ensino de seu filho.
O importante neste ensaio pedagógico é que responsáveis e educadores possam trilhar caminhos onde o educando seja direcionado nas resoluções dos desafios no ato de aprender e assim superar suas expectativas.
Sobre este assunto podemos argumentar com, Tiba (2002, p. 127):

É fundamental que os pais estabeleçam as bases sobre os quais apoiarão a educação dos filhos. Essas bases serão os alicerces das novas casas a ser construídas. Como os filhos são diferentes entre si, cada casa poderá ter seu próprio estilo de vida e arquitetura, mas sem alicerce qualquer ventania ou temporal poderá derrubá-la.
É no dia-a-dia que os pais aprendem como é cada filho. Para esse aprendizado, é fundamental que tenha consciência de que são os principais e insubstituíveis educadores de seus filhos.

É preciso que todos tenham consciência da importância e da função da escola. A mesma não existe apenas para passar conhecimentos técnicos. A criança entrará em contato com o mundo através da escola. Lá ela vai se relacionar com outras pessoas e aprenderá a usar o que aprendeu em casa. Por isso é importante que a educação em caso seja compatível com a da escola, e para que isso ocorra é imprescindível que os pais conheçam a instituição onde seu filho vai estudar, bem como os seus educadores e principalmente participe do trabalho desenvolvido em sala, o relatório avaliativo diário fundamenta esta questão, pois o pai pode através do relato do filho saber e acompanhar o que foi trabalhado em sala, e assim contribuir do processo de avaliação, pois assim a família terá voz efetiva deste processo. Se o estudante e a sua família sabem a aonde a escola quer chegar e se estão envolvidos no dia-a-dia de que são os principais beneficiários, poderão participar com mais investimento e autonomia na busca do sucesso nessa lida que é o aprender.
Repensando sobre isto que a proposta de trabalho com R. A. D (relatório avaliativo diário) além de exercer papel importante na formação lingüística, dissertativa, conceitual, diagnóstica e participativa do educando em sala de aula, pode também acrescentar uma parcialidade na gestão educativa da entidade escolar. Pois com uma ferramenta em que seus relatos devem presenciar as suas ações de aprendizagens com a família e escreveras mediante acesso às aulas assistidas, pode também tornar redundante outras informações do âmbito administrativo escolar.
O RAD que substitui a tarefa de casa, que por muitas vezes era feita pelo responsável do aluno, agora desperta a obrigatoriedade da participação, pois só escrevemos o que vivenciamos e esta vivencia destina um ato contextualizado entre o pai e filho, multiplicando as informações e redefinindo um consolidar de idéias entre a tríplice educativa (pais, filhos e escola).
Vejamos então a proposta de Andre (1998) e Pontin (1998) que consiste em um trabalho avaliativo que procede através de registro sob a forma de diário, dentro dos mesmos pode-se analisar a estruturação da tomada de consciência evidenciando os “episódios de aprendizagem”.
Algo de fundamental importância que deve ser referido é a inserção do aluno na função de avaliar e avaliar-se, pois é de principio educativo buscar novas propostas e metodologias que diversifiquem as posturas e manifeste responsabilidades a toda comunidade escolar.
A avaliação institucional, o projeto político pedagógico, a gestão democrática, o regimento escolar e proposta curricular e outros eixos norteadores de ensino, são temas discutidos e analisados por profissionais da educação, ou por integrantes de conselhos e até por alguns pais que interagem e se comprometem com a valorização do ensino ofertado a seus filhos, mas não chega aos 10% da totalidade. Assim o RAD tornaria tais temas familiares aos seus protagonistas, familiarizando conceitos e principalmente tornando a escola como referencia sócio-construtiva de toda a sociedade. É claro que para alguns temas a graduação escolar e o limite de idade sempre estarão em discussão, mas nada que possa impedir o majestoso momento de unificação de ideais, objetivos, metas, parcerias e principalmente ter sempre a mesma língua.
Quando o professor aplica uma atividade em sala pode acontecer; o aluno faz, na entende, cobra entendimento dos pais, pai não consegue compreender a atividade, filho não faz a tarefa, pai e filho vão á escola (poucos realizam esta situação) professor tenta em tempo minimizado esclarecer ao pai a proposta de trabalho, pai absorve o que compreendeu, mas ainda há dúvidas, pois para a aplicabilidade da atividade deve ser conhecer outros conceitos burocráticos e conceituais que dinamizam este sistema. Resumindo o aluno tem dificuldades de aprender, os pais têm dificuldades de entender e a escola dificuldade de oferecer.
Os conselhos escolares são extremamente importantes para a escola, pois há representantes de pais, alunos e escola, ajudando a resolver os comprometimentos educativos burocráticos, financeiros que anualmente são referidos ao mesmo.
Mas ao falar em participação do conceito educar, nos reportamos ás palavras de Polity, (2011 p. 16):

A hipótese é que crianças e jovens com dificuldade de aprendizagem podem ser beneficiados com uma intervenção familiar que lhes possibilite sair da posição portadora de sintoma para a construção de uma nova relação com o saber. Pois penso que seja qual for á etiologia da dificuldade de aprendizagem (neurológica, emocional, cognitiva ou genética), o grupo familiar é fator decisivo para a condução e/ou resolução da situação.

Outro ponto importante na apropriação deste refido trabalho é a aquisição e ampliação do vocabulário, uma preocupação até então muito existente em salas de aula, esta dificuldade linguística  e ortográfica é manifestada nas produções textuais, onde se percebe uma grandiosidade de palavras repetidas irmanadas há sérios erros na escrita. É possivelmente notável a evoulação escrita /linguistica no percurso das fases do relatório já mencionadas anteriormente, este resultado só é possivel com o contato intenso que perpassa no cotidiano do educando.
A criticidade, até então percebida como inativa no prognóstico oral e no escrito, demonstra evolução já na terceira fase do relatório ainda de caractes inicial, mas positivo e direcionado a um objetivo central.
O trabalho desenvolvido nas referentes séries, onde a prática de relatar era e é fundamento prioritário do desenvolvimento educacional dos conceitos curriculares, concretizaram resultados até então antes das abordagens teóricas inseperáveis pois, coube ao educador tutor da mediante pesquisa metodotizar um procedimento em que o educando participasse efetivamente do processo do seu próprio rendimento.
No inicio da aplicabilidade do relatório alguns alunos se opuzeram contra a sua prática, por se tratar de um exercicio que para a sua eleboração necessitaria exaustivamente de suas produções interiores, onde o mesmo entrava em questionamento com o seu eu e por muitas vezes ficava sem respostas.
3     CONSIDERAÇÕES FINAIS

Obtivemos de diversas formas, métodos e análises os grandiosos resultados mediante a aplicação deste instrumento avaliativo, pois é notável e também pode ser verificado a evolução linguistico e letrado dos relatórios, onde o inicio é simples e fraco de argumentos, opiniões e até vocábulos e  os relatórios finais, do findar do ano letivo, são mais completos, com muito mais argumentos, opinião e também criticidade.
No tocante ao objetivo da pesquisa ao evidenciar a prática do relatório avaliativo verificamos conforme acima foi citado os resultados positivos comprobatórios da eficácia do método.
Observamos que nos conteúdos dos relatórios havia dados importantes referente à disciplina em sala, dos alunos, segundo a opinião do autor do relatório, desrespeitava as regras propostas e aceita por todos no contrato didático. Inclui-se a isto também relatos positivos sobre as aulas das demais professores.
Inferimos nossos posicionamentos argumentando que se tivessemos como colocar em uma balança, onde de um lado havia os pontos negativos e de um outro positivos, certamente os bons resultados ganharia, principalmente porque o nosso trabalho realizado vai ao encontro do que proponhe a LDB.
Apresentamos como sugestão aplicar este relatório avaliativo diário a partir do 3º ano (hoje) antiga 2º série até o seu último ano do ensino fundamental. Obviamente aumentaríamos sua complexidade, mas que se mantivesse aquela hora em que o aluno pudesse sentar, parar e olhar para si e os demais colegas e professor para assim poder avalair e avaliar-se.
Uma outra sugestão seria a continuidade à este estudo atingindo seu auge quando estiver elaborado para propor uma mudança inovadora nos PCN´s e porque não na LDB, como uma maneira formativa, participativa e orientada de avaliação escolar.
O RAD certamente poderá se manter como um elo entre as partes educativas, fomalizando, esclarecendo e intencificando os saberes participativos, o conceito gestão simboliza a prática democratica onde todos decidem por um e um dá as mãos para a cidadania de todos. É neste prognóstico unificado de linguagem igualitário que seus precussores manifestam a preocupação com o direito e o compromisso com o dever, concluimos que o RAD será a peça interlocutora entre a familia, a escola e os educandos, onde tais temas estaria apresentaveis e principalmente analizados e dialogados com toda comunidade escolar.


4     REFERENCIAS


ANDRE, Marli E. D. A. de; PONTIN, Marta Maria Darsie.  O diário reflexivo, avaliação e investigação didática. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação. Rio de Janeiro, v.6, nº 21, p. 447-462, Out / Dez, 1998.

ARIÈS. P. História social da criança e da família. 2 ed. Traduzido por Dora Flaksman. Riode Janeiro: Guanabara/koogan, 1981.

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